Olhos desfocados, carrossel de ideias, cabeça e corpo não param
Me abraço no fundo, me calo em silêncio e meus pensamentos disparam
Antigos assombros me contam histórias que eu não pedi pra contar
Eu juro, me lembro, não toca de novo canções que me façam chorar
É grande a vontade de mudar de trecho, me flagro vagando em mim
Caminho sem rumo, só encontro muros, tão altos, quem os fez assim?
Suponho que seja normal não saber muito bem por onde começar
Se rumo sentido à fina superfície, mal chego - inspiro -, começo a voltar
Nomeio barulhos, luzes que incomodam pro que dá medo camuflar
Não há papel, hora ou data errados quando a inspiração é real
Só penso, não foco, qual a minha essência? Quais cheiros me tomam afinal?